domingo, 8 de maio de 2011
Tem muita gente do mal armada, por isso tem que ter um pouco de gente do bem armada pra confrontar, é o equilíbrio do universo. O traficante sabe que o caminho dele ou é a morte ou é a cadeia, a polícia sabe como tratar essa gente...eu estou aprendendo, estudei muito, fiz o concurso passei e vim pra cá. Já percebi que se errar serei julgado no judiciário cinco, seis anos, o vagabundo também é julgado cinco, seis anos no judiciário, o problema é que o policial às vezes tem que fazer o julgamento de pessoas em frações de segundo, tem frações de segundo para dar um tiro responsável e decidir entre a vida e a morte de uma pessoa, mas o juíz tem tempo, cinco , seis anos para me julgar, a sociedade me julga imediatamente, a imprensa no dia seguinte.
Mas, ninguém tá ali pra perceber aquele momento, pra sentir aquela temperatura, pra ouvir o zunido da bala, do projétil passando pelo teu ouvido, isso ai é só quem tá ali, mas a gente gosta é disso, adrenalina, ação...e se for preciso ficar trabalhando depois do horário a gente fica.
Estou gostando, mas aqui a gente não pode errar, parece que somos o que há de mais autoritário na sociedade, mas na verdade somos a linha de frente da democracia, para além de manter a ordem nossa função é manter a liberdade. Há coisas que consideramos certas como o ar que se respira, mas que só valorizamos quando as perdemos como a saúde, a liberdade, a vida... É fácil criticar a polícia, são eles que morrem e que matam em defesa dos trabalhadores...O nome oficial é "agente do estado", mas desde criança aprende-se a chamá-los de "seu guarda" , guardam, vivem e morrem para nos guardar...
Nossa principal arma não é a PT.40, nem a calibre 12, também não é a MT.40, nem fuzil. É letra, palavra, porque nosso trabalho é fazer cumprir a Lei.
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